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10 técnicas de estudos para absorver mais conhecimento

Um dos maiores problemas dos estudantes é estudar por um longo período e não conseguir fixar bem o conteúdo. Isso ocorre porque não é apenas o tempo de estudo que faz com que uma pessoa passe em uma prova, mas principalmente sua qualidade. Sabemos que o momento de preparação para o exame da OAB é um período de muita tensão, por isso é fundamental utilizar técnicas de estudo que auxiliem na fixação da matéria.

É preferível estudar uma hora por dia de maneira eficaz do que estudar o dia inteiro sem conseguir absorver o conteúdo. Para otimizar todo o tempo disponível para o estudo, é fundamental que a preparação seja estratégica, baseada em técnicas que garantam a fixação das matérias estudadas.

Se você deseja conhecer mais sobre o assunto, continue a leitura do artigo e veja 10 métodos de aprendizado que podem ajudar você durante a preparação para a OAB e outras provas. Confira!

1. Interrogação elaborativa

Na técnica de interrogação elaborativa, enquanto estuda, a pessoa deve se perguntar “Por quê?” em vez de se concentrar na pergunta “O quê?”. Dessa maneira, o método consiste em duvidar de tudo o que se lê e criar explicações que justifiquem por que os fatos que aparecem durante os estudos são verdadeiros. Enquanto isso, o estudante pode refletir a respeito de cada informação.

Ao estudar sobre a dignidade da pessoa humana, por exemplo, o estudante deve se questionar por que o Brasil a adota como fundamento da República e procurar uma resposta para essa questão. Esse método costuma ser eficaz, pois requer um esforço maior do cérebro, uma vez que é preciso se concentrar em compreender as causas dos fatos e investigar as suas origens em vez de apenas ler o conteúdo.

Ao duvidar, responder e resumir conteúdos, o indivíduo estabelece a autoexplicação — ferramenta útil para, de fato, absorver o conhecimento. Além disso, no que diz respeito ao exame da OAB, estudar utilizando a técnica elaborativa cria uma bagagem de estudos maior. Esse é um diferencial e pode auxiliar o aluno nas questões discursivas que fazem parte da prova na segunda fase do exame.

2. Prática distribuída

A revista científica Psychological Science in the Public Interest publicou um estudo sobre 10 técnicas de estudos e classificou a prática distribuída entre as metodologias com utilidade mais alta para memorização a longo prazo.

Na pesquisa, os cientistas realizaram testes sobre o desempenho de estudantes submetidos a diferentes sessões de estudo: sem intervalos e com intervalos de 30 dias. O resultado obtido foi que o intervalo maior entre cada sessão resulta em um melhor desempenho no teste sobre o conteúdo.

Essa técnica é baseada na repartição do aprendizado ao longo do tempo, ao contrário da concentração de todo o estudo em um único período. Dessa forma, o método da prática distribuída faz com que o aluno não deixe para estudar todo o conteúdo na semana da prova.

Como exemplo, imagine o seguinte cenário: para dividir os conteúdos em diversos períodos ao longo do dia e intercalar o estudo com momentos de descanso, a pessoa fraciona o processo de aprendizado em uma hora durante a manhã, uma hora à tarde e outra hora à noite.

3. Técnica Pomodoro

A técnica Pomodoro tem como base a combinação de trabalho e descanso, definindo que períodos de esforço devem ser recompensados com momentos de distração. A motivação para o uso dessa estratégia se deve ao fato de que o cérebro precisa de folga para poder assimilar todo o conteúdo. Foi justamente isso que o italiano Francesco Cirillo — inventor da técnica — constatou.

Cirillo compreendeu que realizar pausas programadas é muito importante para o processo de assimilação. Atualmente, essa constatação parece bastante óbvia, já que todos nós sabemos que é inevitável se cansar após um longo período de estudo. Para evitar que esse momento de esgotamento mental ocorra, o correto é fazer pequenas pausas após períodos de aprendizagem.

A técnica Pomodoro consiste em alternar entre sessões de 25 minutos de estudos ininterruptos e pausas de 5 minutos para descanso, refazendo o processo. Após 2 horas estudando, a pessoa deve realizar uma pausa de 30 minutos.

Os descansos servem para o corpo como uma gratificação pelo longo ciclo de trabalho e aumentam a produtividade e a concentração. No entanto, é válido ressaltar que a técnica deve ser adequada ao perfil da pessoa, ou seja, é possível aumentar ou diminuir os momentos de estudo e descanso, uma vez que cada cérebro tem uma forma de funcionamento.

4. Mapas mentais

Para quem tem uma mente mais visual, os mapas mentais são ideais. Eles contêm imagens, setas e cores que ajudam na memorização. O método — formalizada pelo escritor inglês Tony Buzan, na década de 1970 — consiste em organizar os conteúdos em diagramas, que costumam ter um assunto principal.

Em seguida, o tema central deve ser conectado a tópicos paralelos que se relacionam com a matéria. Essa relação pode ser feita por meio de balões ou desenhos que remetem aos assuntos estudados. Dessa forma, o mapa mental permite criar esquemas com palavras, flechas e outros ícones, determinando um ordenamento lógico.

5. Teste prático

Realizar testes práticos da matéria estudada é uma das melhores formas de aprendizagem. A mesma pesquisa científica que citamos no tópico sobre a prática distribuída mostrou que realizar esse método é até duas vezes mais eficaz do que outras técnicas. Os testes práticos se assemelham aos simulados e devem ter como base as dúvidas individuais do aluno a respeito de cada matéria.

Para a técnica dar certo, é preciso criar e resolver blocos de questões sobre temas que deixaram dúvidas durante a leitura da matéria. Com o intuito de responder de modo conclusivo cada pergunta, o ideal é realizar a busca em diversas fontes até que uma resposta satisfatória seja encontrada.

A eficácia do método está na economia do tempo, uma vez que ele age diretamente nas áreas consideradas mais difíceis pelo aluno. Além disso, no caso específico do exame da OAB, é possível realizar diversos exercícios de provas anteriores.

6. Estudo intercalado

Essa técnica, também conhecida como rotação de matérias, propõe a intercalação de diferentes temas na mesma sessão de estudos. Essa é uma das metodologias mais eficazes, pois, ao alternar disciplinas, o aprendizado fica menos cansativo.

Entretanto, a fim de aproveitar esse método ao máximo, é recomendado que os assuntos tenham alguma relação entre si. A proposta de intercalar disciplinas ajuda a estimular a memória de longo prazo, contribuindo para que o aluno retenha mais informações. Ou seja, o estudo intercalado ajuda a pessoa a estudar por um tempo maior.

7. Autoexplicação

Essa é uma técnica simples, mas bastante eficaz. Muito útil em assuntos que exigem maior capacidade de compreensão, a autoexplicação nada mais é que explicar determinado tema com suas próprias palavras. Para isso, vale praticar em frente ao espelho, explicar para outra pessoa ou para si mesmo.

Devido a essa peculiaridade, é uma ótima maneira de treinar a capacidade de comunicação e a oratória. Além disso, sua simplicidade torna o método bastante útil para quando não houver nenhum outro recurso.

8. Visualização

Trata-se da chamada “memória fotográfica”. Ou seja, a técnica de visualização consiste em pensar em imagens para facilitar a memorização do conteúdo. Ela é bastante eficaz para recordar frases ou conceitos. Para colocá-la em prática, é preciso imaginar figuras enquanto realiza a leitura do texto.

A efetividade desse método se deve, principalmente, ao papel que a visão e a memória visual exercem em nossas vidas. Lembre-se de que a visão é um sentido muito importante, já que processamos grande parte das informações pelos globos oculares.

9. Resumo

Resumir os pontos mais importantes de um texto com as principais ideias é um método bastante simples. Afinal, fazer um resumo é uma ótima forma de fixar na memória partes relevantes do conteúdo estudado.

Para colocar no papel as informações de maneira resumida, a mente precisa processá-las. Mas para que os resumos sejam efetivos, é fundamental que eles não sejam cópias dos textos, e sim trechos elaborados a partir da compreensão sobre o que foi lido.

O método costuma ser mais efetivo para pessoas que já tenham o costume de escrever resumos, mas não impede que seja utilizado por aqueles menos experientes nessa prática.

10. Mnemônicos

Segundo o dicionário, mnemônico é algo “que se refere à memória” ou “que facilita a memorização”. Desse modo, como a intenção do uso dos mnemônicos é desenvolver a memória, é bastante utilizado para conceitos ou tópicos mais específicos, como fórmulas.

Para ser efetivo, é preciso definir uma palavra-chave fácil de memorizar. Um bom exemplo dessa técnica é o famoso mnemônico “LIMPE”, criado a partir das letras iniciais dos Princípios Administrativos dispostos na Constituição da República Federativa do Brasil (CRFB): legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência.

Aprender não está relacionado apenas ao curso ou à qualidade dos professores: também é preciso dedicação e uma boa assimilação do conteúdo. Existem várias técnicas de estudo que podem ajudar você durante o preparo para o exame da OAB e ao longo da sua vida acadêmica. Todos os métodos de aprendizado são válidos, e cada pessoa se adapta melhor a um deles.

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