A violência doméstica é um problema que assola muitos lares ao redor do mundo, deixando marcas psicológicas, emocionais e até mesmo físicas irreversíveis. No Brasil, esse problema é particularmente grave, visto que dados da Secretaria de Segurança Pública evidenciam que milhares de casos de violência doméstica são registrados anualmente.
Tais dados, entretanto, representam apenas uma fração do quadro real, visto que inúmeras mulheres, vítimas de violência doméstica, sofrem em silêncio e não efetuam qualquer tipo de denúncia com medo de represálias ou por falta de suporte adequado para denunciar efetivamente seus agressores.
Diante do cenário de desigualdade e violência que afeta diversos direitos fundamentais das mulheres, surge a Lei Maria da Penha, promulgada em 2006, com o objetivo de concretizar a igualdade material.
O Direito, enquanto instrumento de pacificação social e alicerce para o alcance da Justiça, sempre busca pela proteção dos vulneráveis e pelo equilíbrio das relações sociais. Dessa forma, ao falarmos na Lei Maria da Penha, notamos que se trata de um instrumento de extrema importância para reduzir as desigualdades encontradas em nossa sociedade e permitir que aquelas que, por muitas vezes são silenciadas, consigam um apoio para falar a sua dor.
Apesar de sua existência, ainda há muito a ser feito para erradicar os níveis de violência doméstica. É imprescindível conscientizar a sociedade sobre a importância de denunciar casos nesse sentido e oferecer suporte às vítimas.
A violência doméstica é uma questão que não pode ser ignorada, principalmente pela Justiça, devendo o operador do Direito lutar contra esse problema e desempenhar um papel de construção de uma sociedade mais justa.
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