A forma como os profissionais jurídicos oferecem os serviços ao público requer, cada vez mais, criatividade e inovação, sobretudo devido ao avanço da tecnologia no segmento e à promessa de facilitar a vida dos indivíduos.

Nesse contexto, destaca-se o conceito de Legal Design, uma abordagem criada nos Estados Unidos com o intuito de repensar a maneira de fornecer produtos e serviços no mercado jurídico, utilizando o Design Thinking.

Embora o conceito seja um grande diferencial para o advogado que deseja se destacar na carreira, nem todos sabem como aplicá-lo devidamente. Pensando nisso, preparamos este conteúdo para explicar o conceito do Legal Design e como colocá-lo em prática. Acompanhe a leitura e saiba mais!

O que é Legal Design?

O Legal Design é uma abordagem focada na utilização de recursos de experiência do usuário e design para o desenvolvimento de produtos jurídicos. Ou seja, é a aplicação de técnicas específicas do design ao Direito.

Sua aplicação vai desde a tomada de decisão e o planejamento do escritório até o aspecto visual propriamente dito. O resultado dessa metodologia é a elaboração de melhorias voltadas para o usuário final, para que a mensagem passada pelo documento jurídico seja objetiva.

Na prática, o Legal Design apresenta três principais objetivos:

  • ajudar os leigos e os profissionais da área do Direito;
  • desenvolver um suporte para os sistemas jurídicos, utilizando o poder do conhecimento e dos processos de design para aperfeiçoar os mecanismos e as interfaces com as quais os clientes podem circular pelo sistema jurídico;
  • atuar para otimizar processos a curto prazo e trabalhar em ações inovadoras para proporcionar modificações a longo prazo.

Em suma, a ideia dessa abordagem é aperfeiçoar produtos e serviços por meio da empatia, gerando engajamento e entregando valor como resultado. Na área jurídica, é aplicada ao atendimento e à compreensão de adversidades de clientes, bem como para analisar soluções rápidas antes da entrega final.

Quais são os tipos de Legal Design?

Inspirado pelo Design Thinking, o Legal Design é subdividido em duas frentes: o Visual Law, que é a mudança do pensamento de inovação jurídica de forma materializada e, em seguida, as metodologias ágeis.

As metodologias ágeis manifestam-se com a criação de softwares, que foram extremamente relevantes para a tecnologia jurídica, assim como em outras áreas. Com isso, a produtividade aumenta, uma vez que os mecanismos tecnológicos são capazes de agilizar os percursos e desburocratizar diversos processos.

Por que aplicar o Legal Design?

Antes de mais nada, se você deseja se tornar um advogado de destaque na sua área, certamente utilizar o Legal Design é uma ótima alternativa. Afinal, qualquer ferramenta ou ação que busca simplificar processos e facilitar a vida do cliente é vantajosa.

O Legal Design deve ser usado sempre que for para melhorar o entendimento do usuário sobre um produto jurídico, como os recursos do novo CPC, por exemplo, que geram diversas dúvidas aos usuários. Por esse motivo, é uma metodologia importante para a inclusão das pessoas e o acesso à justiça.

Nesse sentido, a metodologia de Legal Design deve ser pensada e desenvolvida conforme as necessidades específicas que se mostram mais eficientes para os objetivos do negócio, criando documentos mais simples e que tenham mais fundamentos para os clientes e/ou usuários.

É importante ressaltar, ainda, que um dos grandes propósitos do Legal Design é fazer com que indivíduos e empresas consigam tomar decisões da maneira mais estratégica possível. Para isso, a abordagem pode ajudar tanto pessoas leigas no assunto quanto profissionais do Direito a compreenderem melhor o funcionamento da Lei e o contexto em que estão inseridos.

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Quais são os benefícios disso?

De um modo geral, podemos dizer que o Legal Design é extremamente útil e traz diversos benefícios a toda a comunidade jurídica e à sociedade. É importante destacar que a metodologia não tem a finalidade de acabar com a aplicação técnica, mas sim de promover a equidade e facilitar o entendimento e o consumo do Direito, sem prejudicar a qualidade procedimental.

Por meio dele, é possível buscar maneiras mais eficientes de se comunicar e passar a mensagem desejada, seja através de um contrato ou de uma peça, assim como aprimorar a experiência, a compreensão e o empoderamento dos usuários.

Com a melhora da comunicação e a facilitação das interações entre as pessoas e o sistema jurídico, são fornecidas condições melhores para um maior engajamento com as normas estabelecidas e também uma efetividade maior da sua aplicação.

Quais são as etapas para colocar o Legal Design em prática?

Para colocar o Legal Design em prática, são necessárias algumas etapas gerais, que se complementam no desenvolvimento e na transformação do pensamento. Confira!

Descoberta

Trata-se do grande começo. Aqui, o objetivo é tentar solucionar o problema principal, a partir de hipóteses criadas por toda a equipe, de forma ampla, como “Qual o problema que quero resolver?”.

Interpretação

Depois dos dados e das questões levantadas, a segunda etapa funciona como uma síntese da primeira. Dessa forma, é o momento de separar as melhores respostas para o problema e resumi-las em uma única frase. Assim, há maior foco e praticidade para resolvê-lo.

Ideação

Esta é a etapa da criatividade. Deve-se pensar em como o problema pode ser resolvido. É importante que a equipe esteja aberta a novas ideias, não se prendendo a padrões e atitudes tradicionais que costumam não funcionar.

Experimentação

Depois da ideação, o objetivo é construir um protótipo. Ou seja, pensar em um teste para colocar a resolução em prática. A ideia é não se preocupar com o produto finalizado, mas sim com o modelo, para verificar os possíveis erros e ajustes necessários.

Evolução

A última etapa é uma fase contínua, que será estendida diariamente nos processos. Assim, com os feedbacks e a prática diária, a equipe perceberá o que funciona ou não, evoluindo e aprimorando o produto cada vez mais.

Como aplicar o Legal Design?

O processo de Legal Design pode ser aplicado a qualquer serviço jurídico, assim como as informações são apresentadas, os processos são configurados e as políticas são estabelecidas. Mas é fundamental ressaltar que a abordagem é tanto uma mentalidade quanto uma disciplina.

No departamento jurídico, a aplicação do Legal Design envolve a remodelagem de processos internos. Por exemplo, para aprimorar a experiência do usuário com os documentos produzidos, é necessário:

  • tornar objetivos os documentos jurídicos;
  • evitar a utilização de palavras de difíceis;
  • remover a “poluição” textual ou visual;
  • usar iconografia, cores e fontes para melhorar a escaneabilidade das informações;
  • inserir recursos visuais que ressaltam e facilitem a compreensão.

Para potencializar essa transformação, muitos profissionais contam com o apoio da tecnologia para gerenciar os processos e as tarefas administrativas, que permite entender o comportamento do usuário e consiga implementar melhorias em seus documentos.

Além disso, as especializações são ideais para que o profissional tenha controle sobre as estratégias do negócio. Isso agrega valor ao trabalho e cria uma melhor experiência para o cliente.

Esperamos que, com este artigo, você tenha entendido mais sobre o Legal Design e como colocá-lo em prática. Se você gostou do post e deseja ficar por dentro de mais conteúdos como este, não deixe de seguir nossas páginas nas redes sociais. Estamos no LinkedIn, no Facebook, no Instagram e no Twitter!

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