O novo ministro da Educação, Abraham Weintraub, professor e mestre em economia, antes de aceitar o convite para chefiar o ministério, integrou a equipe de transição do governo ao lado de Onyx Lorenzoni. Abraham ficará no lugar do contestado Ricardo Vélez Rodríguez.
Apesar de Jair Bolsonaro ter afirmado em seu Twitter que o novo ministro possui o conhecimento necessário para pasta, Abraham não possui qualquer experiência nesse sentido. Para saber mais sobre seus posicionamentos, traremos abaixo alguns pontos importantes retirados da entrevista concedida ao Estadão. Vejamos:
1) Enfrentamento ao chamado “marxismo cultural”
Defensor do enfrentamento ao chamado “marxismo cultural”, o novo ministro diz que ficará vigilante a “tudo que sair” da pasta, como livros didáticos, e estará atento a “sabotagens”. Contudo, nega que haverá perseguição no MEC e afirma que impedir a volta do Partido dos Trabalhadores (PT) ao poder é uma estratégia que deve envolver a pasta que acabou de assumir.
Na entrevista, declarou: “Não sou caçador de comunistas”. Afirmando que trabalhará para entregar o que está no plano de governo e não fará, por ora, mudanças no Fies ou no Prouni.
2) Questões relativas ao programa Bolsa Família
Da mesma forma, Abraham, defende que professores agredidos em sala de aula comuniquem as autoridades competentes para que os pais sejam processados e, “no limite”, percam o programa do Bolsa Família e a tutela das crianças infratoras.
A título de curiosidade, o Bolsa Família é um programa de transferência direta de renda, direcionado às famílias em situação de pobreza em todo o País, de modo que consigam superar a situação de vulnerabilidade. Sua finalidade é a de garantir a essas famílias o direito à alimentação e o acesso à educação e à saúde. Em todo o Brasil, mais de 13,9 milhões de famílias são atendidas pelo Bolsa Família.
3) Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM)
Com relação à prova do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM), o novo ministro diz que o cronograma será cumprido e que Bolsonaro não lerá previamente as questões da prova, pontuando:
“Falarei que garanto que não haverá nenhum problema. Se sair um Enem todo errado, todo torto, sou o culpado e o presidente tem de me dar reprimenda ou me tirar do cargo. É assim que funciona.”
O Enem é utilizado como critério de seleção para os estudantes que pretendem concorrer a uma bolsa no Programa Universidade para Todos (ProUni). Além disso, cerca de 500 universidades já usam o resultado do exame como critério de seleção para o ingresso no ensino superior, seja complementando ou substituindo o vestibular.
Vale pontuar que, nos últimos tempos, foram 11 ministros da Educação em 16 anos. Tirando Fernando Haddad, duraram, em média, menos de um ano no cargo.
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